Até onde podemos bloquear os nossos sentimentos?

A pressão sobre cada ser humano já começa desde o momento do seu nascimento, seja através de um parto natural ou não. Daí, acredito que crescemos tentando administrar as nossas boas e más sensações internas, ou sentimentos, de uma forma equivocada, a fim de que os outros não façam um juízo inadequado de nós mesmos. Chegamos à vida adulta e esse sentimento de dependência continua bloqueando todo o acesso possível ao que costumo chamar de “ponte para a felicidade”.

Ser feliz, pra mim, é não ter que represar os meus sentimentos, pois isso certamente me tornaria uma pessoa triste, mal humorada ou até mesmo depressiva. Quando amo alguém ou me apaixono por alguma causa, tenho necessariamente que extravasar, de alguma forma essa sensação, caso contrário, corro o risco de provocar um dano ao meu interior que irá, certamente, acarretar dores ao meu corpo físico e mental. Águas represadas são sempre as mais perigosas, acredito. Isso se aplica também ao amor. Não devemos represá-lo, para evitarmos nos afogar em mágoas, arrependimentos e sentimentos de culpa. Fazê-lo fluir certamente vai provocar uma significativa transformação em nossas vidas. O amor é como uma seiva da qual não podemos abrir mão para o alimento do coração, oxigênio do cérebro e a cura definitiva da tristeza e daquela sensação de vazio…

Não viemos a esse mundo só pra ver a “banda passar”. Temos que ser parte dinâmica dessa ferramenta que chamamos de vida. E através desse dinamismo é que podemos provocar o resultado daquilo que queremos e podemos ser. Se nos recusarmos a fazer isso por nós mesmos, podem acreditar, nem o Universo será capaz de fazê-lo! E a chave de tudo isso se resume no quanto estamos dispostos a nos relacionarmos com os outros. Nos despindo das nossas máscaras emocionais e assumindo o risco de abrirmos as represas dos nossos sentimentos.

Eridam Pimentel – Blog Superarparanaopirar.wordpress.com – Fevereiro/2019

3 respostas para ‘Até onde podemos bloquear os nossos sentimentos?

Deixe um comentário